terça-feira, 11 de novembro de 2014

A origem do mal

A origem do mal
Uma mãe com o seu filho dirige numa movimentada avenida. Subitamente, assaltantes abordam o carro e arrancam a mulher do volante. Tudo acontece muito rápido. Não dá tempo para o filho ser retirado completamente do veículo. Preso ao cinto de segurança, do lado de fora do automóvel, o garoto é arrastado avenida a fora.
Alguém vê esta cena e questiona: Onde está Deus enquanto isso acontece? Você já se fez esta pergunta? Quem é o responsável por tanta maldade? Guerras que matam milhões de inocentes. Desigualdade social que condena os pobres a uma subvida sem sonhos. Vidas e sonhos arrastados por um Tsunami. Notícia de uma doença terminal. Pais que se separam, deixando filhos traumatizados. Coisas que acontecem à nossa volta todos os dias e nos fazem pensar que algo está errado. Quem é o responsável por isso? Nos próximos momentos, você terá a resposta que a Bíblia apresenta para esta e muitas outras questões.
O surgimento do pecado

- Deus é amor e dotou Suas criaturas com a capacidade de viver em liberdade de escolha. Deus não criou robôs, pois quer que O amemos por prazer e por decisão própria.

- Além do ser humano, Deus tem outra classe de criaturas: os anjos. Eles são seres espirituais (Hebreus 1:14) e possuem diversas funções, como proteger e servir os filhos de Deus (Atos 12:9-17), trabalhar pela salvação dos perdidos e livrar das tentações (Salmo 34:7). 

- O pecado surgiu misteriosamente no Céu (Apocalipse 12:7) como resultado da escolha de um anjo chamado Lúcifer. Ele possuía, abaixo de Cristo, a mais elevada honra entre seres celestiais. Era o primeiro dos querubins cobridores e assistia diante de Deus (Ezequiel 28:12-15).

- “Lúcifer” é um termo em latim que significa “portador de luz”. Este termo não aparece na Bíblia. Ele é chamado nas Escrituras de “estrela da alva” (Isaías 14:12-14), “diabo” – caluniador, ou “Satanás” que significa “adversário” (1 Pedro 5:8).

- Como resultado do orgulho no seu coração e o desejo de ser igual a Deus, Lúcifer foi expulso do Céu e lançado para a Terra (Lucas 10:18). Juntamente com ele, veio a terça parte dos anjos de Deus que participaram em sua rebelião (Apocalipse 12:4,9).

- Satanás é o autor do mal. Ele é o pai da mentira (João 8:44), o grande acusador e adversário direto de Cristo, o chamado Arcanjo Miguel (Apocalipse 12:7; Judas 9; Daniel 10:13). O termo “Miguel” significa “Quem é como Deus?” e é um dos nomes de Cristo. Este nome aparece na Bíblia sempre no contexto do grande conflito entre Cristo e Satanás.

- O pecado entrou em nosso mundo pela escolha de Adão e Eva (Romanos 5:12). Eles duvidaram da Palavra de Deus e deram ouvidos a Satanás, a antiga serpente. Embora não tenhamos culpa no pecado de Lúcifer, nem de Adão e Eva, somos pecadores e sofremos as consequências do pecado.

O que é pecado?

Na Bíblia, existem algumas definições para pecado: “errar o alvo” (grego hamartia), “rebelião”, “transgressão”, ou “romper os limites” (hebraico avar), iniquidade. O pecado é apresentado como:

- Natureza pecaminosa - Nós já nascemos neste mundo com uma natureza pecaminosa, com tendência para o que é mal. (Salmo 51:5; Efésios 2:3; Marcos 7:21 e 22). Portanto, pecamos porque somos pecadores.

- Atos pecaminosos - É a prática do pecado, seja por pensamentos, palavras ou ações. Cada pecado cometido é registrado nos livros do Céu (Apocalipse 20:12).

Será que existem “graus de pecado” ou todos são iguais? Todo e qualquer tipo de pecado é ofensivo a Deus e gera a morte (Romanos 6:23). Porém, nem todos são “iguais aos olhos de Deus”. Isso é evidente na Bíblia ao analisarmos os diferentes sacrifícios apresentados em Levítico 1 a 7. Além disso, Jesus mencionou que no juízo alguns serão castigados com “muitos açoites” e outros com “poucos açoites” (Lucas 12:47-48). Se os pecados fossem iguais, não deveriam todos receber o mesmo castigo? Também o apóstolo João menciona que há pecados para a morte e outros que não são para a morte (1 João 5:16,17).

O que é tentação?

Tentação não é pecado. Jesus foi tentado, por exemplo, mas não pecou (Hebreus 4:15). Quando se cede à tentação e pratica-se o ato, aí torna-se pecado.

Passos da tentação:

                        5º Ação – A prática do pecado é efetuada (interna ou externamente)
                        4º Planejamento – A pessoa que decidiu pecar planeja as suas ações         
                        3º Decisão – Após a atração e sedução, o indivíduo toma a decisão de praticar o pecado
2º Consideração – Após despertar o interesse, a tentação gera uma ponderação
1º Atenção – Pode ser uma indução interna (pensamentos) ou externa (através dos 5 sentidos)


Vivemos em meio ao grande conflito entre as forças do bem e do mal. Segundo a Bíblia, “a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal” (Efésios 6:11 e 12). Somos tentados constantemente por Satanás e seus anjos (1 Pedro 5:8). Além disso, lutamos contra a nossa própria tendência pecaminosa e desejos carnais. Tiago 1:14 diz: “cada um é tentado pela sua própria cobiça”.

Como posso vencer a tentação?

- Aproximar-se de Jesus (Hebreus 4:16).
- Estudar a Bíblia (Salmo 119:11).
- Vestir-se da armadura espiritual (Efésios 6:10-18).
- Orar e jejuar (Marcos 9:29).
- Fugir da impureza (1 Coríntios 6:18).
- Cultivar bons pensamentos (Filipenses 4:8).

- Evitar as más companhias (Salmo 1:1-3).
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